Porque é que não há infra-estruturas na zona central dos laboratórios?

A opção de colocação das infra-estruturas de água e electricidade nas laterais baseou-se num balanço entre flexibilidade dos espaços, a sua dimensão e o custo da intervenção. A possibilidade de usar os laboratórios em diversas tipologias de aula (ou outra actividade escolar), num modelo pedagógico diversificado, inviabilizou à partida a existência de bancadas centrais fixas.
No desenho do conceito, foram consideradas várias soluções que permitiriam a existência de infra-estruturas na zona central dos laboratórios:
1. Calha de tecto comercializada por uma empresa alemã, que entre outras coisas, permitia a existência de água, electricidade e ventilação forçada associada a hotte móvel, utilizada em escolas e laboratórios profissionais na Alemanha. Pelo custo da solução e sua manutenção, esta foi imediatamente posta de parte;
2. Calha de tecto com ponto de água ao centro (para demonstrações do professor p.e.), envolvendo um ponto de água móvel, comercializado pela mesma empresa alemã referida no ponto anterior, suportado por uma calha de fornecimento de água e esgoto. Esta solução foi também afastada pelo seu custo e manutenção
3. “Ilhas” com pontos de corrente. Esta solução foi posta de parte já que exigia a colocação de infra-estrutura no chão, aumentava o custo por metro quadrado e diminuía a flexibilidade na movimentação de bancadas em laboratórios de menores dimensões
4. Chão falso com pontos de corrente, solução afastada pelo risco de segurança associado a cabos pelo chão e possibilidade de curto-circuito devido a inundação
5. Torres móveis com vários pontos de corrente. Não existe até ao momento fornecimento nacional deste tipo de soluções e a solução é cara. No futuro poderá ser uma boa hipótese a ser adquirida pelas escolas
6. Braços retrácteis com pontos de corrente nas extremidades, que seriam baixados quando necessários. Não foi considerada adequada devido à resistência do mecanismo retráctil
7. Mangueiras extensíveis espalhadas pelo tecto com uma tomada na extremidade, que colocaria pressão sobre o tecto falso e poderia dificultar a visibilidade para trabalho em pé
8. Bancada lateral afastada da parede, permitindo aos alunos estar de frente para a zona central do laboratório quando necessário. Pela perda de espaço inerente, esta solução também foi afastada.
Encostando as bancadas móveis perpendiculares às bancadas laterais é possível o acesso a electricidade com ou sem extensão eléctrica aos pontos de corrente nas laterais, viabilizando qualquer actividade prevista nos currículos de Ciências e permitindo o trabalho sentado ou em pé. A extensão ficaria neste caso sobre as bancadas, reduzindo o risco de acidente. Desta forma é também possível os alunos trabalharem de frente para o/a professor/a, em situações que assim o exijam.